Cheirar Cabreira


Incluída no nosso calendário desde o principio do ano estava a visita á Serra da Cabreira no Outonal mês de Novembro. A promessa de passeio em conjunto com os manos Favaios já estava na agenda há muito tempo, esta era pois a oportunidade de fazer as duas vontades num dia só. Por força de vários compromissos o passeio tal como foi idealizado esteve quase a não acontecer, todavia tudo se conjugou e uma alteração de ultima hora fez voltar tudo ao projecto inicial – Cheirar Cabreira com os manos e neste caso mais alguns amigos.
Tendo em conta a necessidade de cumprirmos alguns horários tais como chegada a local de banhos e restaurante e porque a vontade era entre outros locais chegar ao sopé da Cabreira mais nomeadamente Aldeia de Agra, tivemos que optar por algum alcatrão pelo meio dos 60 kms que teríamos de completar.
A rápida abordagem às margens do Rio Ave e Albufeira da Barragem de Travassos ofereceram-nos os primeiros apetitosos singles do percurso. A primeira ascenção digna desse nome era a que nos fazia chegar ao Santuário da Senhora da Lapa, onde podíamos observar a tal falada capela dentro do penedo. Após alguns minutos de conversa e tentativas de acertar na dita concavidade na rocha que oferecia desejos arrancamos por entre os rochedos do Alto de Anissó. Seguimos desta vez acompanhados por uma magnifica vista sobre o vale e ao longe víamos Vieira do Minho. A descida até Taboadela encheu-se de muita técnica e deu mesmo para separação do grupo que acabou por se reencontrar só na ponte de ligação a Figueiró. A segunda ascensão do dia era até à Aldeia de Agra e por entre alguma nacional e municipal mas com possibilidade de observar boas paisagens fomos chegando ao topo. Ainda em Carude conseguimos arrancar um trilho interessante que nos fez largar por algum tempo a Municipal 526. O objectivo de chegada a Agra estava concretizado e após pequena visita ao interior da Aldeia seguimos para o trilho que nos levaria a percorrer as margens do Ave até Covêlo de Baixo, magnífica escolha que mesmo com algum apelo à navegação foi do agrado de todos. A ascensão ao Merouço tornou-se improvável tendo em conta o horário e através da nacional 205 rapidamente chegamos a Saínhas onde podemos encontrar mais uma série de bons trilhos rurais, uma pequena passagem pelo sopé do Merouço ligou-nos á Aldeia preservada de Carreira. Chegar a Vilarinho de Cima e Vilarinho de Baixo foi extremamente rápido também porque aí já se falava em hora do bacalhau e como tal após alguns minutos estávamos já no troço que no futuro será Roteiro. A descida para Castelões foi feita a “tout vitesse” pois o terreno tinha sido limpo à poucos dias talvez quem sabe mesmo só para nós.

Resta só agradecer à simpática presença do irmãos Favaios que prontamente reponderam afirmativamente ao apelo de algumas semanas atrás, aos amigos do BTT Riba D’Ave, a alguns amigos de outros passeios que nos quiseram acompanhar, aos amigos do BTT Porto D’Ave na pessoa do Orlando e do BTT SuperTrilhos na pessoa do Tiago, pela boa ajuda na navegação e oferta dos melhores trilhos e como não podia deixar de ser ao Sr.Luís pelo bacalhau.

Relato Irmãos Favaios

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