Trilhos das Minas de Jales - 2º Episódio



Tinha sido já em Maio de 2011 a ultima vez que por Terras de Aguiar de Pena havíamos deliciado seus belos trilhos, estávamos cá novamente para sermos guiados e acompanhados pelos manos Favaios em mais um dia de grande convívio. A armada desta vez estava reforçada, tínhamos bifanas, bikenaturas, pinocos e mais alguém que connosco gosta de partilhar aventuras. Com ligeiro atraso arrancamos de Delães para ainda antes das 9 horas chegar a Jales e aí começar mais um grande passeio que desta vez nos tinha sido dito, e depois partilhado com o track, iria levar-nos ao concelho vizinho de Murça, terra do bom azeite e vinho. Alguma chuva pelo caminho e a escuridão que víamos deixava-nos apreensivos temíamos que o tempo não nos ajudasse e em certa parte não iríamos poder usufruir de todo o prazer que este passeio nos poderia dar.
Sem grandes pressas de forma ligeira chegamos a Campo de Jales e junto ao Bicheco lá estavam o Zé e o Sergio, desta vez tínhamos companhia também do Professor, do Jorge e do Manuel. Era-mos agora 16 no total para em conjunto partilhar esta experiência. Rapidamente se ultrapassou o briefing demos inicio ao passeio. Arrancamos em direcção a Cidadelha de Jales, mas rapidamente mudamos sentido para Alfarela de Jales, pelo caminho e devido à grande azafama no transito fomos obrigados a durante alguns minutos seguir em fila atrás de um rebanho de ovelhas. Andávamos ainda junto à cota dos 800 metros quando chegamos a Moreira de Jales, era este um passeio na rota das varias aldeias de Jales a ainda algumas mais aldeias tínhamos para visitar diziam. Houve também quem dissesse que os primeiros 15 quilómetros estavam no “papo”, mas os amigos Favaios quiseram apimentar a coisa e foram-nos criando alguma dificuldade de equilíbrio numa ou noutra ascensão. Chegados a Vilares  tínhamos aí então o tal declive negativo que nos levaria até à passagem no local onde se juntam os rios Tinhela e Mascanho. Local de extrema beleza este onde paramos para apreciar e ao mesmo tempo o Carlos resolvia o problema causado pelo rebentamento da sua corrente. Situações ultrapassadas e retinas deliciadas trepávamos agora durante cerca de 2 quilómetros onde num ou noutro local teríamos desníveis de 20%. Depois de bem temperados os músculos descemos até Mascanho e por entre locais completamente despovoados chegamos a Granja onde ficávamos novamente perto da cota dos 800 metros. Estávamos agora perto de observar uns dos mais emblemáticos monumentos do património Histórico-Cultural de Vila Pouca de Aguiar – A Igreja de São Miguel de Tresminas aqui podemos ter uma não prevista, mas muito oportuna aula de história oferecida pelo nosso professor, ficamos a saber, que é uma igreja  com mistura de estilos de origem românica, foram-nos mostrados e explicado o significado dos símbolos fálicos na escultura da própria igreja e que estávamos perante uma igreja com cerca de 1000 anos. Este passeio estava a ficar recheado de tudo aquilo que nos iria fazer recordar o momento para sempre. Ainda tinhamos alguns 20 quilómetros para fazer, mas já tínhamos assistido a tanto, e eis que surge um pequeno contratempo, talvez pela paragem em Tresminas o Herculano ressentiu-se e uma pequena picada assustou-o a sério, parecia ter comprometido o passeio, mas a água gélida do pequeno tanque em Covas e o encorajamento de todos para que não desmoronasse fez milagres e devagar foi recuperando a tempo de ainda deliciar-se com as paisagens Outonais de Vilarelho, Filhagosa e por fim Minas de Jales. Todo este passeio feito sem chuva com o Sol a brindar-nos com a sua presença no final, a boa companhia e a forma descontraída como todos encararam este passeio tornam-o mais um belo episódio de muitos que ainda queremos. Podem ser os mesmos e mais alguns que desta forma gostam de encarar o BTT os participantes nos novos episódios que certamente surgirão.
Por fim como não podia deixar de ser um agradecimento como eles já sabem que merecem e que de nós têm, aos manos Favaios e seus conterrâneos e em especial aos familiares que envolvem também nestes convívios.
Bem hajam por serem como são!





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