Santo Aleixo de Além-Tâmega - Com pontes sem antenas
O Parque de Campismo de Bragadas,
em Santo Aleixo de Além-Tâmega, foi o local escolhido para arrancarmos nesta
visita à terra do Roteiro Camiliano e suas envolventes.
Após algumas batalhas com o GPS
ainda dentro das viaturas chegamos ao ponto de partida com um pequeno atraso,
mas rapidamente nos preparamos e pela PR2 Stº Aleixo fomos tomando o nosso
rumo. Por entre vale do Rio Beça e do Tâmega subimos até Melhe. Tivemos aqui alguns trilhos por entre verdejantes terrenos de cultivo e de uma forma
original tivemos o nosso primeiro percalço, mais um furo na FUJI.
O furo |
Com um dia
primaveril deixávamos para trás alguns trilhos por entre intensa e colorida
vegetação para agarramos caminho em terra que de forma suave nos ia levando a “cortar”
a montanha até que ao fundo víamos Seiros, sempre com o Tâmega na miragem, e tínhamos agora alguma inclinação na volta dos 15% até atingirmos a cota dos 625
metros, que seria até ao momento o ponto mais alto. Após alguma estreita
estrada alcatroada onde a paisagem nos vidrava a retina, chegávamos à bela
aldeia de Veral, pertencente já ao município de Boticas, onde mantivemos
contactos com os seus residentes, aqui foi-nos informado que estaríamos perto
da nossa primeira ponte de arame sobre o Tâmega. A passagem para Monteiros só
foi possivel graças à ponte de arame que atravessamos. Tínhamos agora novo
desafio e pelo caminho que ligava Monteiro a Bragado fomos subindo até atingir a
cota dos 630 metros. A ligação de Bragados a Pensalvos foi feita após passarmos
a ponte romana da Ola sobre o rio Avelames, um afluente do Tâmega. Pouco após
passagem por Pensalvos atingíamos o ponto mais alto do passeio, os 825 metros e
agora era só descer em direcção a Ribeira de Pena. Com 56 quilómetros feitos e
praticamente o passeio concretizado tivemos ainda a passagem pela segunda ponte
de arame, a que faz a travessia para Santo Aleixo de Além-Tâmega. Cruzamos-nos
aqui com o 14º Portugal de Lés-a-Lés, evento este que coloca na estrada centenas
de motards a fazerem uma travessia ao nosso país desde Tavira a Boticas com
passagem pela Covilhã. Os últimos quilómetros ligavam-nos agora por estrada ao
ponto de partida que com a chuva que apareceu mais intensificávamos o desejo que um banhinho quentinho, gentilmente cedido pelos responsáveis do Parque de Campismo.
Em suma um passeio por onde nunca
antes tinhamos passado, mas pelo que nos foi oferecido temos aqui local para
repetir com outro desenho alternativo, ficou por ver mais algo junto às margens
do Rio Beça e talvez mais para a zona Leste. Fica a promessa de lá voltarmos.
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