Serra do Larouco e as suas encostas abruptas

Esta era uma imponente Serra que tínhamos colocado no Objectivo 2012 e esteve quase em risco de não ser por nós visitada neste mês de Abril, tendo em conta tão más previsões meteorologistas apontadas por todos as fontes. Mas a vontade e a persistência foram tais que 6 malucos, dos quais 4 Pinocos, arrancaram de Delães pelas 7h com destino a Montalegre onde estava definido o ponto de partida e chegada desta visita à terceira maior elevação de Portugal Continental.


A viagem foi feita em velocidade reduzida sempre com a esperança de melhoria meteorologista pois o que víamos (ou não) oferecia-nos muitas reservas pois sabíamos que estávamos preparados para o frio mas não o iríamos suportar com a chuva. Chegados ao local tentamos ainda retardar a saída e aproveitamos para tomar um café bem quente, e que boa escolha a nossa pois estes poucos minutos deram para termos perspectivas de melhor tempo e quando passamos a Donões já alguns raios de Sol nos tentavam agarrar. o desanimo inicial desaparecia e a vontade de deliciar a vista com as paisagens envolventes ia aumentando, as urzes e giestas, uma basta mata misturada com vidoeiro, pinheiro-silvestre e carvalhos iam colorindo o nosso passeio de uma forma magnífica. Tínhamos neste passeio projectadas duas conquistas geodésicas, Cabeço das Fozes e Larouco, o primeiro teve um acesso dificultado devido ao desnível acentuado do terreno à sua volta, mas nada que com uma pequena força extra não se fizesse e rapidamente chegamos ao topo, já tínhamos aqui vista para duas das primeiras freguesias que no decorrer do nosso passeio iríamos visitar; Padroso e Padornelos. Foi na primeira que maior convivência com a população tivemos, em conversa com Dna Maria Virgínia conseguimos contactar a primeira dama da freguesia que possuía a chave do Forno do Povo, onde outrora com actividade continuada servia os habitantes da freguesia, hoje serve de ponto turístico e em determinados eventos é reactivado. Gente muito afável a que íamos encontrando pelo caminho. Já em Padornelo tivemos a indicação que para ficarmos alugados numa eventual visita futura, quem sabe com a família, tínhamos a oferta da Casa do Ricardo. Fotos e mais fotos registos e mais registos íamos fazendo pois o que nos era proporcionado era de beleza rara.
Após pequena paragem para ingerir algum alimento e inclusive saborear umas drageias, começávamos a escalada ao topo da Serra onde o seu ponto mais alto, os 1527 metros, nos esperava, pelo meio deu mesmo para observar de forma muito rápida ao longe um corço e logo depois ali tão perto de nós outros dois que com a nossa presença rapidamente desapareceram. É penosa mas saborosa esta ascensão, muito cuidado pois o frio lá para cima aperta mesmo mas o que nos é permitido de lá observar compensa. Após registarmos o momento improvisamos um pouco a descida para irmos ao encontro se um single que víamos lá para baixo, uma pequena aventura de descida que nos permitiu uma grande descida que por nós foi conquistada de uma forma tecnicamente perfeita (:-). A chegada a Gralhas e o atravessar as suas várias ruas foi um balsamo ao nosso corpo pois o terreno de descida abrupta e empedrada deixei-nos um pouco doridos. Depois de mais um contacto com gentes da terra atravessamos parte de um lindíssimo planalto que nos ligou a Meixedo. O que para trás ficava já nos começava a produzir uma certa saudade.
A opinião final foi unânime fomos presenteados com um autentico brinde e o Larouco tem que ser novamente visitado, sabemos que a sua distancia é entrave a várias visitas mas terão que ser feitos novos episódios.



PS: Obrigado ao Carlos e Miguel por nos terem oferecido companhia nesta Laroucura.

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