Serra da Aboboreira - A estória que ficou por contar...

A serra da Aboboreira não era para nós uma desconhecida, visto já termos tentado uma incursão. Na primeira abordagem a esta bela serra as coisas não correram de feição, nada de preocupante, apenas umas indisposições agravadas pelo calor e pela co-autoria do percurso e consequentemente do acumulado previsto. "Águas passadas não movem moinhos" e desta vez tudo foi diferente...
A chegada à praia fluvial de Gondar foi atempada de tal modo que às 8h30. já se percorriam os primeiros km's, ainda por cima a subir e bem. Um trilho serpenteante com intenso declive dava o mote para os km's iniciais. Só por promessa diziam alguns, mas o trilho era de agrado geral, tanto que os registos fotográficos não mais pararam. Um ponto geodésico antecedia um pequeno singletrack delicioso, que nos devolveria ao estradão, mas antes disso é necessário referir que esta serra guarda vários tesouros arqueológicos, sendo que optámos por visitar o maior número possível de antas, mamoas, dolmens e túmulos. Um exemplar destes estava posicionado mesmo a jeito para a primeira reposição de energias, a que se seguiu uma ascenção calculada e ritmada da serra até à localidade de Aldeia Velha. O sol, inimigo noutras alturas de mais calor, foi ajudando com a temperatura amena, auxiliado por uma pequena brisa que não mais nos largou. Nesta localidade assistimos ainda à desfolhada do milho, não manualmente como antigamente, mas de uma forma rápida e mecânica, poupando assim tempo aos agricultores e causando um espectáculo para os que assistiam, um ar de turista...
Mais uma subida em estradão que, embora sendo rápida, permitiu a observação das aves que habitam esta serra e que enriquecem a fauna e a flora daquele habitat. Duas mamoas, bem conservadas e bem resguardadas esperavam por nós para um registo fotográfico. Mais um ponto geodésico e uma descida bem rápida para variar, curiosamente levando-nos para um outro marco geodésico ainda antes do almoço. À mesa é que o convívio se torna mais intenso e nada melhor que uma sande de presunto intervalada por piadas e/ou lembranças de este ou aquele passeio. Surgem ideias à mesa, outras são discutidas, mas o consenso é seguir. Seguir "em frente e em força" numa circundante e confusa alternância entre subida e descida, mas que acabou por levar a bom porto, uma anta perfeitamente conservada que para além das devidas fotos que proporcionou, estava relativamente perto do último ponto geodésico do dia. Ora a partir daqui, ui!
Todos nós, enquanto crianças e alguns até depois em adultos, tendem a guardar o melhor para o fim. Este predicado serve perfeitamente o que se passou a seguir. Não sabemos se intencionalmente, se por obra do acaso, ou se por intervenção de terceiros, mas a verdade é que a partir deste momento estavam espalhados todos os ditos "rebuçados". Uma descida perigosa seguida de um segmento de asfalto conduziria-nos até Carvalho de Rei, pequena aldeia onde para além da cerveja barata, se pode encontrar um presépio permanente, a capela da Senhora do Castelo, gente muito simpática e acolhedora e um Single! Um trilho em singletrack sempre a descer com muito do chamado "flow", que enlouquecia quem o descia. rápido e desafiante não dava margem a fotos, a olhares para o gps e nem sequer a esgares para a paisagem. Uma pausa no alcatrão e segunda dose. Loucura até ao fim! Pontes, riachos, trilhos técnicos e muita velocidade marcaram o fim do passeio e deixaram em nós a melhor das memórias que se pode ter de um local. A acrescentar a tudo isto, a beleza da paisagem, o tempo e claro, a companhia, não se podia pedir mais. Ou melhor, podia, já que a "cereja no cimo do bolo" foi o banho no rio na supra citada praia fluvial. Um espectáculo!

Comentários

ZéKTM disse…
aquela super bock mmmmm....soube pela vida!!!
Pinoco disse…
Que as crónicas eram muito bem eleboradas já toda a gente se tinha apercebido e eu de forma particular sentia orgulho na semântica usada para preencher este espaço, agora usar de "neologismos" para narrar estas nossas aventuras era coisa que não esperava, mas cá está ele. Mas entendo certamente o porquê de tal opção, afinal estamos a relatar um passeio que nos levou a ver com os própios olhos os primeiros vestígios de ocupaçao humana detectados na Serra da Aboboreira no período do Neolítico.

Obrigado a todos.
Aquele abraço!
P!N7@S disse…
neologismos....hehe! eu prefiro panados, mas isso sou eu!

gostei!

kero partilhar mais serras convosco!

abraço!
P!N7@S disse…
e aquela espécie de mortal???

muito bom hélder, é mesmo "não tentem isto em casa"...

abraço
Redleh disse…
Foi sem duvida um epico que dificilmente se esquecera, assim como todos os que temos feito ate a data, por isso o meu obrigado a todos.

Aquele abraço
Marco Correia disse…
Foi um épico que ficou marcado pela super bock que melhor me soube na vida! Na melhor altura! Passeio para sempre recordar!
Pin7as, tu vais às olimpiadas!
Abraço
ZéKTM disse…
NICE MOVIE MR. PRESIDENT
Marco Correia disse…
Grande emplastro no final! lol Excelente vídeo!
Unknown disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
RICARDO MARINHO disse…
isto ñ é um video,é uma longa metragem...as fotos e os videos espelham bem o dia bem passado em k tudo ajudou,ate mesmo a super bock apareceu na hora certa...so mesmo o dito "mortal" é k acho k ñ acabou bem,acho k é mais uma massagem para por a coluna direita com aquela aterragem...
abraço

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