OS PINOCOS

As lendas sobre o Caminho surgiram, desde galinhas assadas que cacarejavam até o próprio santo pelejando junto aos cruzados, o povo do Caminho apropriou-se dele, podia partir de qualquer lugar, desde que o destino final fosse Santiago de Compostela. Surgiram rotas mais famosas, como a Jacobea, a Aragonesa, o Caminho Português, enfim, por onde passassem mais peregrinos... Assim, nos séculos XVIII e XIX e início do século XX, quase ninguém se comprometia a fazer o Caminho, mas em fins do século XX, da década de oitenta em diante, o Caminho ressurgiu! Hoje, a cada ano, mais e mais pessoas atrevem-se a percorrer os Kms da rota do Caminho Português, por motivos dos mais diversos possíveis, na esperança de que o tempo peregrinando no Caminho ensine alguma coisa para cada um. Numa sociedade como a nossa, onde o tempo é realmente dinheiro e dispor de um tempo (três dias para peregrinos de bicicleta), pode ao mesmo tempo ser considerado luxo por alguns, uma necessidade urgente de auto conhecime...

Aventura diferente aquela que quisemos agarrar quando decidimos fazer este passeio. Quatro elementos do grupo, mesmo contra as adversidades que o tempo fazia parecer querer não nos largar, arrancaram no sábado para Vila Flor onde aí iriam participar num dos melhores eventos de confraternização em BTT. Com chegada, no dia anterior à prova, à pequena Vila Flor, foi-nos possível conhecer o povo acolhedor que nela habita, terra pequena mas envolta de uma paisagem magnifica. O tempo acabou por nos parecer encomendado a S.Pedro já que a chuva manteve-se escondida. Após jantar e pequeno passeio até encontrarmos um bar, onde passamos um bom bocado a confraternizar, era hora de voltar à pequena Pensão Roças (local acolhedor) para pernoitarmos e estarmos prontos a arrancar no dia seguinte para a nossa Maratona, pois nós estavamos na Maratona não na meia nem no passeio. A Maratona correu-nos pelo melhor, a avaliar comentário dados por 2 dos 4 elementos: ...pois eu e os meus grandes amigos e irmão...

Trilhos de rara beleza foram os que se nos depararam no decorrer da nossa viagem, até á chegada ao Aeródromo de Vilar da Luz. Desde pequenos carreiros, calçadas antigas, estradões, descidas que alta dificuldade técnica, em suma um caldinho do melhor que um betetista pode esperar do monte. O percurso teve também a sua parte lúdica, com os enganos do GPS-Man e com as aventuras subaquáticas de alguns elementos. Não fosse a chuva ter chegado na parte final e o dia teria sido máximo. Aeródromo de Vilar da Luz

Dos oito elementos do grupo sete participaram neste evento e todos, com mais ou menos dificuldades, deram o objectivo como confirmado a chegada ao final (com os 4 pontos de controlo efectuados). O ritmo foi bem conseguido e os primeiros elementos chegaram ao final mesmo antes das 13h. Os músculos não falharam mas esteve perto, muito perto, houve mesmo no final quem não deixasse passar a oportunidade e pediu uma massagem. Foi um passeio muito bem conseguido, o trajecto estava muito bem feito, passamos por locais que nunca tínhamos visto, single-tracks, pequenos caminhos rurais e algumas "malandrices da organização" preencheram o percurso de uma forma excelente. Um verdadeiro espírito de confraternização entre os vários participantes, algum espírito competitivo por parte de alguns outros participantes deu a este Raid um misto de sensações interessantes. A nosso avaliação é muito posítiva, os momentos e locais passados ficam-nos na memória. Algumas fotos